Estamos tendo um momento crucial da política local em Barroquinha- Ce, com implicações jurídicas e eleitorais significativas.
A rejeição dos embargos de declaração pelo juiz da 108ª Zona Eleitoral, Gustavo Farias Alves, confirma a cassação do prefeito Jaime Veras e da vice Carmem Lúcia, acusados de abuso de poder econômico e uso ilícito de recursos na eleição de 2024. A tentativa da defesa de reverter a decisão foi vista como infundada, já que buscava reabrir o mérito da questão, o que não é permitido nesse tipo de recurso.

Agora, o caso será analisado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), mas a solidez das provas e a clareza das decisões indicam que uma reviravolta é improvável. Isso abre caminho para eleições suplementares em Barroquinha, sinalizando uma nova oportunidade para a população escolher seus representantes sem vícios eleitorais. O prefeito já sofreu  cassação anterior, quando ficou com direitos políticos suspensos por 8 anos, graças a crimes cometidos contra a lei de Responsabilidade Fiscal, durante mandatos anteriores que exerceu. Na época, Jaime Veras teve sua imagem bastante desgastada e sofreu descrédito e desmoralização popular em toda a região.
Nas eleições de outubro passado, Jaime Verás foi considerado como derrotado, por observadores políticos que apontaram como "insignificante" a diferença de votos que conseguiu sobre a sua opositora. Os comentaristas levaram em conta que, além de ter sido prefeito em outros mandatos, Jaime estava atualmente no poder e com toda a a máquina administrativa literalmente a seu favor, onde a opositora, além de primeira vez que se candidata, se quer ocupava cargo público no município.

Mas o velho político Jaime, foi bastante alertado no início do seu 3º mandato, em 2021, para que não cometesse as falhas do passado. O radialista Agostinho Alcântara, da Rádio Pontal FM, foi o que mais comentou sobre isso em seus programas. 
Agora é aguardar o desfecho e uma provável nova eleição em Barroquinha.